Construção sem Aedes aegypti

A dengue e outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como a febre chikungunya e o zika vírus continuam assustando Minas Gerais. No ano passado, o estado enfrentou uma epidemia de dengue. Foram 483.081 casos, o que deu mais de 50 diagnósticos por hora – a segunda maior quantidade da década, inferior apenas aos números de 2016 (dados da SES-MG). Casos da doença no início deste ano já superam os registrados no mesmo período de 2019.

As ações educativas e a fiscalização de agentes sanitários continuam sendo recursos importantes na tentativa de reduzir o número de criatórios do mosquito, e o Seconci-MG iniciou 2020 reforçando a urgência deste tema junto ao setor da construção , colaborando com o Mobiliza SUS, grupo de mobilização social da Secretaria Municipal de Saúde, na deflagração da campanha “Empresa sem Aedes aegypti“.

Nos dias 21 e 22 de janeiro, obras da associada EPO Engenharia receberam técnicos em mobilização social, agentes de combate a endemias e arte mobilizadores da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA). A equipe ministrou palestras com explicações básicas sobre o ciclo de vida do Aedes aegypti e sobre como ocorre o ciclo de transmissão da dengue. Além disso, alertaram para locais e situações dentro do canteiro de obras e nas residências que podem apresentar risco potencial de proliferação de focos do mosquito. Através de uma intervenção cênica, em tom mobilizador e informativo, atrizes interpretaram personagens da vida real, que alertaram para os perigos das doenças transmitidas pelo Aedes e convidaram os trabalhadores a se empenharem para acabar com os focos do mosquito em casa, no bairro, no trabalho e até em locais públicos, reforçando a necessidade de cada um ter a iniciativa de proteger sua casa e familiares.

Ações do Seconci-MG no combate ao Aedes

A entidade segue incluindo em sua rotina ações de sensibilização para a eliminação do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus. As falas de alerta sobre como combater o Aedes aegypti continuam a todo vapor durante os treinamentos admissionais realizados diariamente pelo Departamento de Segurança do Trabalho da entidade. O recado diário é simples e objetivo e mostra como depósitos de água, pratinhos de plantas, bandejas de geladeira, filtros d’água, garrafas retornáveis e lixo estão entre os criadouros do mosquito encontrados pelos agentes de endemias em residências. Além disso, os ouvintes recebem o folder Mãos à Obra Contra A Dengue, que relaciona uma série de situações em um canteiro de obras que podem facilitar a existência de focos de reprodução do Aedes e traz um checklist de locais de risco, bem como as medidas para evitar a presença desse vetor.

Outra estratégia foi a inclusão dos potenciais criadouros do mosquito entre os itens de verificação das condições dos canteiros nas vistorias preventivas realizadas nas obras de empresas associadas, pelo Departamento de Segurança do Trabalho. Desde que o Seconci-MG iniciou essa ação, em 2009, até dezembro de 2019 já foram vistoriadas 13.961 obras, levando-se o alerta sobre a dengue para 437.903 trabalhadores.

O Seconci-MG também apoia e ajuda a ampliar o alcance de campanhas de enfrentamento e controle do Aedes  divulgando material informativo produzido pelas secretarias municipal e estadual de saúde em suas mídias e redes sociais de contato. Uma forma de envolver os usuários de seus serviços, os colaboradores das associadas, sua comunidade, familiares e amigos nesta causa.